quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

VW SPACE CROSS I-MOTION – TESTE DE 5 DIAS (2ª parte)



ESPAÇO E CONFORTO

Foto: Maximiliano Moraes


Quando foi lançado o Fox, pode-se dizer, inaugurou um segmento no Brasil: o dos hatches hi-roof ou “teto alto” – no qual o Agile e o Sandero também se encaixam. A distância entre-eixos não é tão grande assim (2,47 m, contra 2,54 do Agile e 2,59 do Sandero), mas a altura extra do teto, somada ao posicionamento mais alto de bancos e à configuração da carroceria, semelhante a uma minivan (para-brisas bem inclinado, quase em ângulo reto com o capô), proporcionam o melhor aproveitamento possível do espaço interno.


Foto: Maximiliano Moraes

Foto: Maximiliano Moraes

A Space Cross, por ter a mesma plataforma, tira proveito disso. As dimensões internas são generosas e os ocupantes viajam em posição alta, sem incômodo para as pernas e com espaço suficiente para 4 ocupantes – um quinto passageiro se sentirá incomodado tanto pela ausência de alguns centímetros a mais na largura quanto pelo formato do banco traseiro, com ressalto central pouco convidativo. Não havendo a quinta pessoa, todos encontrarão bancos confortáveis, muito bem revestidos (em tecido perfurado de ótima textura ou em couro) e, na dianteira, com abas laterais que seguram bem o corpo nas curvas e não cansam em trajetos mais longos. O porta-malas comporta 430 litros, sendo pouco menor que o da Palio Adventure (460 litros) e bem maior que o da 207 Escapade (313 litros, menor que Agile e Sandero).

Foto: Maximiliano Moraes

A ergonomia também é excelente. A começar pela posição do motorista, que encontra em sua porta, sem contorcionismos, os comandos de fácil leitura e bem iluminados à noite, além de dispor de um bom ajuste de altura e distância do banco e volante (este opcional). O painel de instrumentos é grande e a iluminação branca tornou sua visualização mais agradável (antes as luzes eram azuis e cansativas). O volante multifuncional (opcional) permite operar o sistema de áudio e o computador de bordo, cujas informações são igualmente de fácil leitura pela tela que fica entre o velocímetro e o conta-giros. E mesmo sem os controles no volante não é difícil operar áudio ou ar condicionado, com botões bem visíveis, suaves e de fácil alcance.

Foto: Maximiliano Moraes

Como se não bastasse tudo isso, o conforto de rodagem é pleno. A Space Cross é ainda mais alta que a SpaceFox, mas a Volkswagen foi muito feliz no acerto da suspensão, que se mantém firme em velocidade e impede a inclinação excessiva em curvas, e na cidade é macia e filtra praticamente todas as irregularidades do asfalto surrado de BH. O volante tem boa pega e a direção é obediente dentro da medida, e o revestimento acústico é mais que adequado, isolando bem os ocupantes tanto do ruído do motor, mesmo em alta velocidade, quando dos ruídos externos.

No quesito espaço e conforto, em comparação com as concorrentes Palio Adventure e 207 Escapade, a Space Cross ganha com folga. Quanto ao espaço interno é indiscutível; ela trata melhor seus ocupantes. Na ergonomia, ainda que a perua da Peugeot apresente boas soluções, a da VW é melhor e a da Fiat, remanescente de um projeto antigo, é bem ruim. Já o compromisso entre estabilidade e conforto fica num meio-termo entre a maciez excessiva da Adventure e a esportividade da Escapade, o que pode agradar à maioria dos consumidores pelo perfil familiar do carro.


Carro para teste emprestado pela Catalão Volkswagen

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